segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ginkgo - Utilização medicinal

Pormenor do tronco de Ginkgo biloba
Jardim da Marginal, Viana do Castelo (Setembro 2010)




Parte utilizada
Folhas.

Composição
Em fitoterapia, os efeitos terapêuticos de uma planta resultam da sinergia dos seus constituintes. No entanto, a investigação realça os flavonóides (ginkgoflavonoglicósidos, quercetina, derivados da rutina), as lactonas terpénicas (ginkgólidos, bilobalido) e as proantocianidinas.

Acções medicinais
Vasodilatadora cerebral e periférica, aumenta a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos. Aumenta a resistência e diminui a permeabilidade dos vasos sanguíneos. Antioxidante, complexa radicais livres nocivos e previne a peroxidação lipídica. Inibe o factor de activação das plaquetas (PAF), interferindo positivamente em diversos processos fisiológicos como a agregação das plaquetas e a formação de trombos, a inflamação e a alergia. Protege o tecido nervoso e evita a perda de memória e das funções cognitivas. Reduz o edema e as lesões na retina.
Uso externo

Vasodilatadora periférica, aumenta a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, atuando ainda ao nível da microcirculação. Aumenta a resistência e diminui a permeabilidade dos capilares. Previne a peroxidação lipídica causada pelos radicais livres, evitando o envelhecimento da pele e a formação de rugas.

Indicações terapêuticas
Melhorar a memória, a concentração e a capacidade de aprendizagem.
Insuficiência circulatória cerebral (perda de memória, dificuldades de concentração, ansiedade, depressão, tonturas, vertigens, zumbidos nos ouvidos, dores de cabeça, enxaquecas). Demência senil e doença de Alzheimer. Doença de Parkinson, esclerose múltipla, surdez neuro-sensorial. Sequelas de AVC. Insuficiência circulatória periférica, claudicação intermitente, complicações vasculares da diabetes mellitus, doença oclusiva arterial periférica, doença de Raynaud. Prevenção da arteriosclerose e da formação de trombos, cardiopatias isquémicas. Hipertensão arterial. Impotência. Asma. Glaucoma.
Uso externo

Peles sensíveis e envelhecidas. Caspa. Celulite.

Como tomar
Infusão: 1 colher de sobremesa por chávena de água fervente. Tomar 2 chávenas por dia, após as refeições. Fazer tratamentos de 6 a 8 semanas seguidas de 4 semanas de descanso.

Precauções
Doses elevadas podem provocar dores de cabeça, transtornos gastrintestinais ligeiros, reacções alérgicas da pele.
Contra-indicada na gravidez e aleitamento.
Pode interagir com antiagregantes plaquetários.
Os frutos, por contacto ou ingestão, podem provocar reacções alérgicas.
 
Observações
Apesar de, tradicionalmente, não ter utilização medicinal em Portugal, a Farmacopeia Portuguesa 9 (2008, Ed. Infarmed), inscreve a monografia de folha seca, inteira ou fragmentada, de Ginkgo biloba L. São ainda de referir as suas monografias da OMS (World Health Organization), ESCOP (European Scientific Cooperative on Phythoterapy) e Comissão E Alemã (da German Federal Office for Phytotherapeutic Substance), para só citar algumas.

Este blogue apenas pretende sensibilizar para a observação das plantas medicinais e divulgar a sua utilização, não tendo a intenção de promover a auto-medicação nem a colheita de espécies.

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