Castanheiro-da-Índia, Melgaço (Abril 2007)
Muito cultivado como planta ornamental, o Castanheiro-da-Índia embeleza as nossas cidades e vilas, onde o podemos observar em jardins, parques ou muito simplesmente ladeando ruas e avenidas.
Um pouco da sua história
Pertencente à família das Hippocastanaceae, o Castanheiro-da-Índia, Castanheiro-de-cavalo ou Falso-Castanheiro como também é referido, tem como nome botânico Aesculus hippocastanum L. (= Aesculus castanea Gilib. = Aesculus procera Salisb. = Castanea equina = Hippocastanum vulgares Gaertner).
Nativo não da Índia mas dos bosques das montanhas do Sudeste da Europa (Balcãs e Cáucaso) e Ásia Menor, o Castanheiro-da-Índia foi importado de Constantinopla e introduzido em França no século XVII. Ao longo do século XVIII difundiu-se como planta ornamental por toda a Europa, onde alguns exemplares contam já com 250 anos de vida. Actualmente, encontra-se cultivado nas regiões temperadas de todo o mundo.
Trata-se de uma árvore de grande porte, que pode atingir os 25 m de altura e os 2000 anos de idade. As inflorescências apresentam flores brancas ou rosadas, muitas vezes salpicadas de amarelo, vermelho ou castanho, e, por serem muito odoríferas, são muito procuradas pelas abelhas.
O seu nome vernáculo, Castanheiro-de-cavalo (hippocastanum), deriva do facto de os turcos utilizarem as suas castanhas para tratar os cavalos com problemas respiratórios, o que, segundo os ervanários europeus, era muito útil.
As Castanhas-da-Índia podem ainda ser utilizadas para vários outros fins. Delas se extrai um óleo para iluminação, produz-se cola, sabão, ou um repelente para traças e outros insectos. Também se usam para afastar as minhocas dos vasos de flores. Não sendo comestíveis devido ao seu intenso sabor amargo (tóxico), são ricas em amido e apreciadas por cabras, porcos e alguns peixes.
A sua madeira é muito utilizada em marcenaria.
Pormenor das flores de Castanheiro-da-Índia, em forma de cone (panículas)
Est. de Sta. Luzia, Viana do Castelo (Abril 2007)
Est. de Sta. Luzia, Viana do Castelo (Abril 2007)
No início do século XVIII as suas sementes eram já utilizadas com fins terapêuticos em França. Após a investigação sistemática das suas propriedades curativas, foram publicados diversos trabalhos franceses entre 1896 e 1909, que relatam os bons resultados obtidos no tratamento das hemorróidas. As cascas também eram muito usadas como adstringente para o mesmo fim. E, para uso tópico no reumatismo, era extraído um óleo das sementes.
As folhas eram utilizadas para combater a tosse.
Olá!
ResponderEliminarPassei por aqui em busca de informações sobre o sabugueiro e adorei o seu blog. Parabéns!!!
Obrigada. Volte sempre! Paula
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